Doença Celíaca e a incidência em mulheres

13/07/2016 | « Voltar

Doença Celíaca e a incidência em mulheres

No próximo dia 16 de julho, a Dr. Schär do Brasil traz para o evento Gluten Free, a professora de Medicina da Universidade de Columbia e nutricionista responsável pelo Centro de Doença Celíaca desta instituição, a nutricionista Anne Lee, para falar sobre o tema: Desordens Glúten Relacionadas – Incidências em mulheres e as novas descobertas da Ciência.

De acordo com estudos, a doença celíaca tem sido diagnosticada nas mulheres em maiores proporções do que em homens. Os sintomas intestinais ainda são os principais alertas para o diagnóstico, no entanto outros sintomas podem surgir e não devem ser descartados para um correto diagnóstico. Por isso, segundo Anne Lee, precisa-se levar em conta outros sintomas, tais como: dermatite e outras doenças da pele, baixa estatura, puberdade atrasada, hipoplasia do esmalte dental, osteopenia, osteoporose, anemia por deficiência de ferro, fígado e doenças das vias biliares, artrite, problemas neurológicos, dores de cabeça, fadiga, infertilidade, abortos.

Segundo a nutricionista a mulher deve estar atenta a diversos sintomas que podem estar relacionados a doença celíaca, os principais salientados são: puberdade atrasada, infertilidade, menopausa precoce, anemia, complicações da gravidez e a saúde óssea. “A gravidez numa mulher celíaca pode ser mais preocupante, principalmente se a doença não estiver diagnosticada, pois pode desencadear uma anemia grave, descolamento de placenta ou até mesmo um aborto”, salienta Anne.

Segundo estudos recentes a doença celíaca está associada a múltiplas complicações. Das 845 mulheres grávidas que participaram do estudo, 8% que possuíam anticorpos positivos a doença celíaca, tiveram abortos espontâneos, 15% que possuíam anticorpos positivos apresentaram baixo peso do neonato, sendo esse número 2,25 vezes maior do que a população em geral.

Outro sintoma que pode ser decorrente de uma doença celíaca é a menopausa precoce ou os atrasos menstruais decorrentes da má absorção de nutrientes pelo intestino. “A má ingestão de glúten ocasiona lesões do intestino do paciente celíaco, diminuindo seu funcionamento”, explica Anne.

 

Dieta sem glúten é uma opção saudável?

Nem sempre é fácil mudar um hábito alimentar. O glúten está presente em vários alimentos consumidos no dia-a-dia, tais como alimentos derivados do trigo, centeio e cevada. “Pães, massas, tortilhas, biscoitos, cereais, bolos, empanados além de cervejas e outras bebidas contem glúten”, explica Anne.

“Se abrir seus armários e geladeira vai perceber que tem vários alimentos sem glúten que consome diariamente”, enaltece a nutricionista. São as frutas, vegetais, carnes, peixes, aves, feijão, lacticinios e muitos grãos naturalmente sem glúten, tais como arroz, milho, quinoa e trigo sarraceno entre outros.

O tratamento da doença celíaca requer uma eliminação total do glúten e a garantia plena da não contaminação cruzada, pois qualquer exposição à proteína provoca danos intestinais. Para Anne, em torno de 47% das pessoas com doença celíaca se sentem limitadas em comer junto com colegas de trabalho. Em torno de 35% se sente limitado nos alimentos especiais (tais como bolos de aniversários, pizza) e 38% tem medo de comer fora por causa da alimentação cruzada. “Esses números podem mudar muito pois agora existe uma gama de produtos que são oferecidos no mercado que possibilitam uma alimentação especial sem glúten e tão saborosa quanto as que possuem a proteína”, salienta. “Vale, antes de qualquer dieta, o paciente procurar uma nutricionista ou médico e buscar as orientações necessárias e conhecer a gama de produtos ofertados, que inserem o celíaco na sociedade, produzindo uma alimentação adequada e normal”, finaliza Anne.

A palestra com a Dra. Anne Lee acontecerá no sábado (16), durante o 7º. Gluten Free Brasil, na Fecomércio (Rua Dr. Plinio Barreto, 285 – Bela Vista – SP). Mais informações pelo site http://www.glutenfreebrasil.com.

 

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